COMO SURGIU A IDEIA DE CRIAR O LIVRO?

A ideia de criar a obra surgiu diretamente do autor mas nada teria acontecido se não existisse o tal trabalho escolar do seu filho. Após confeccionarem juntos, cerca de vinte linhas em uma redação cujo tema era 'TERROR', eis que surge a frase que acabou dando vida ao grande mistério de Michael Retten: ''- Isto daria um bom livro, serve até como sinopse'', disse Léo, após perceber que o conteúdo inventado era bom. O tema da redação já trazia um dos nomes mais importantes dentre os outros personagens (que seriam criados mais tarde), ''O blá, blá, blá de Michael''. Por certo o título parecia mais uma comédia do que um terror mas muita coisa ainda precisava ser feita para que a obra tivesse mesmo uma chance de ser desenvolvida. No mesmo dia o autor pegou caneta e papel e feito um louco fora escrever os trechos que faltavam para que os ajustes estivessem completos. Em menos de uma hora a primeira sinopse da obra (ainda não oficial) estava pronta. Autor e filho comemoraram, então, o que seria, meses depois, o terceiro livro da carreira de Léo.

 

E SOBRE O TÍTULO E A ESCOLHA DOS NOMES DAS CIDADES EM QUE SE PASSA A HISTÓRIA, COMO FOI ESSE PROCESSO?

O título surgiu dias depois e foi um pouco sem querer. O autor já tinha o desejo de escrever uma história onde o terror e o suspense fossem os pontos mais importantes, então, escolher a palavra 'MISTÉRIO' não foi algo tão difícil assim. Enquanto olhava uma galeria de fotografias de um de seus amigos fotógrafos, o autor encontrou uma imagem que lhe chamou a atenção. Era uma casa, fechada e com árvores secas em sua parte frontal.

Os tons escuros e o ambiente noturno fizeram o autor imaginar como seria o ambiente dentro da mansão. Neste ponto Léo já tinha no papel duas palavras que lhe deixavam apenas a um passo de concluir o nome de sua nova obra.

A escolha do nome 'SEVERIN' foi uma junção de alguns gostos e desejos do autor, tais como número preferido ( 7 - SETE ) e a enorme vontade de passar uma temporada na Europa, fazendo-o, então, utilizar o seu número preferido de uma maneira um pouco diferente, traduzindo-o para a língua inglesa (Seven) e modificando-o posteriormente para (Severin), sobrenome utilizado por algumas famílias na Europa. Ai o processo de escolha e criação do título estava finalmente concluído.

Sobre os locais, usou-se também os mesmo critérios. O autor é fã de lugares onde o tempo gelado é predominante e sempre despejou para todos os amigos a vontade de conhecer Santa Catarina, então, nada melhor do que viajar pra lá, mesmo que de uma maneira um pouquinho diferente. De início, a pequena cidade seria chamada de 'Sol-Nascente' para manter o sangue carioca de alguma forma presente em todo o contexto, entretanto, no decorrer da criação da história, preferiu-se utilizar alguns nomes de cidades e municípios realmente existentes, foi o caso de Caçador e Tangará.

 

ESCREVER UM SUSPENSE, É FÁCIL?

Realmente não. O autor define a obra como a mais difícil de ser concluída dentre as suas três criações. Ele literalmente perdeu-se várias vezes dentro do próprio mistério que escrevia. Além de outros contratempos, a falta de inspiração o venceu por vários dias seguidos, fazendo-o deixar de lado a história a ponto de perdê-la parcialmente no meu do caminho. Ai o desânimo o venceu de vez e voltar a escrever não estava sendo fácil. Foi então que Léo recorreu a um outro gosto para que, talvez, com a sua ajuda, ele conseguisse vencer a total falta de vontade.

A MÚSICA, O ROCK - foi isto que ajudou o autor em seu momento mais murcho da criação.

'Kings And Queens', canção da banda de Hard Rock Norte-Americana, Aerosmith, serviu como uma chave para reabrir a porta do, então, perdido mistério. A letra parecia que fora feita para a família Severin. Os acordes eram a cara de Érico e Michael. A voz de Steven Tyler - vocalista - fizera nascer, num daqueles momentos, mais dois personagens importantes para preencher o buraco da história; Brendon e Abigail. ''-Escrever ouvindo música é magnífico... era isso que eu precisava'', disse Léo.

 

E SOBRE O CONTEÚDO, O QUE PODE SE ESPERAR?

Apesar de ser uma história onde os fantasmas aparecem e as paixões juvenis afloram-se entre as personagens, a obra de Léo traz à tona, de um modo rápido e um pouco absconso, dois temas de bastante impacto na sociedade, O TRABALHO E A EXPLORAÇÃO INFANTIL.
Léo sentiu-se de certa forma, amedrontado ao tocar no tema, pensando algumas vezes em retirar os trechos onde apresenta as questões, porém, preferiu mantê-los de uma forma um pouco abstrusa por se tratar de temas delicados. Preferiu-se, então, também por este motivo, inserir na capa da obra a classificação indicatória de idade.

 

SOBRE OS FANTASMAS, QUAL O MOTIVO DE COLOCÁ-LOS NA HISTÓRIA?
Esta é mais uma das crenças do autor., o MUNDO SOBRENTURAL, os espíritos, os anjos e todos os seres do mundo paralelo. A obra mostra de uma forma bem mais imaginária a questão do mundo sobrenatural e dos fantasmas não forçando muito o leitor a acreditar que exista mesmo seres de outro mundo, e era justamente isto que Léo quis transmitir ao encaixar na obra esses elementos tão assustadores, ou não. Ele quis transmitir a ideia de coragem, de persistência, de iniciativa e ao mesmo tempo mostrar que podemos e devemos usar a nossa imaginação para tudo o que quisérmos. Os fantasmas lá poderiam ser seres imaginários mas e os fantasmas do nosso dia a dia, eles são inexistentes? O autor acredita fielmente que cada um tenha os seus Andrzejs, Janels ou Wasklaws presos dentro de si, o que muda, na verdade, é o que cada um realmente busca ser; um Érico ou um Michael.

 

E O PERÍODO DEDICADO PARA ESCREVER A HISTÓRIA?

O autor escrevia a história dos Severin praticamente em todos os dias da semana, deixando livre apenas os sábados e os domingos. Um fato engraçado é que, os trechos em que a história se passa no período da manhã e tarde, eram escritos por Léo, em suas tardes, e os trechos onde os jovens aventureiros encaram a escuridão da Rua Severin, foram criados pelo autor durante as noites e as madrugadas.